O que é?

Antes da realização do exame a utente será informada de todas as etapas que o constituem para que seja assegurada a sua inteira participação e cooperação durante a intervenção.

O exame de intervenção mamária exige assepsia da pele (desinfectar) e injecção de anestesia local de forma a tornar o procedimento indolor. É através da área anestesiada que se introduz a agulha e se orienta até à lesão que se pretende biopsiar.

Os procedimentos de Intervenção são minimamente invasivos e bem tolerados. Na totalidade o exame demorará entre 10 a 20 minutos. A vantagem deste tipo de exames é que podem ser efectuados sem anestesia geral, não deixam cicatriz e não é necessário o internamento.

Após a colheita do material, este é preservado em meio adequado e enviado ao Laboratório de Anatomia.

Quais os métodos que podem ser utilizados?

A escolha do método a utilizar é da exclusiva competência do médico radiologista. Os exames de Intervenção Mamária podem ser orientados por 3 métodos: Ecografia, Estereotaxia e Ressonância Magnética.

Ecografia
É a técnica mais comum, não utiliza radiação e a utente realiza o exame de intervenção deitada em decúbito dorsal.

Estereotaxia
Existem situações em que as lesões mamárias só se conseguem visualizar na mamografia e nestes casos necessitam desta técnica como forma de localização.
No método de intervenção mamária por estereotaxia a utente é posicionada numa mesa horizontal, em decúbito lateral e a mama a estudar fica comprimida de forma a manter-se imóvel durante o procedimento.

Ressonância Magnética
À semelhança do método anterior, existem situações em que as lesões mamárias só se conseguem visualizar por ressonância magnética. Também nestes casos necessitam desta técnica como forma de localização. O posicionamento é igual ao utilizado no estudo de ressonância magnética mamário (decúbito ventral).

Quais os tipos de exame de Intervenção mamária?

Os exames de Intervenção mamária devem ser escolhidos de acordo com a expressão imagiológica das lesões, permitindo obter diferentes materiais a analisar.

  • Biopsia Aspirativa ou PAAF (punção aspirativa por agulha fina) – utiliza uma agulha muito fina que, por aspiração, possibilita a obtenção de células ou líquido para possibilitar o Estudo Citológico.
  • Microbiopsia ou Core-biopsia, ou ainda Biopsia com Tru-cut – baseia-se na obtenção de fragmentos de tecido através de agulha de maior calibre, que actua por corte e permite o Estudo Histológico.
  • Biopsia Assistida por Vácuo – é também uma biopsia cortante, mas mais ampla, porque ao corte associa a aspiração por vácuo como forma de maximizar a quantidade de material colhido. É o método de eleição para lesões de muito pequenas dimensões ou situações em que a expressão imagiológica é mais dispersa e mal delimitada e necessita avaliação mais ampla para Estudo Histológico. Em circunstâncias especiais é introduzido um Clip de titânio, através da cânula, para marcar a região que foi biopsada. Este clip permite abordar esta região mamária de novo e /ou possibilita a sua avaliação detalhada em estudos posteriores.
  • Localização pré-operatória com Arpão – é um procedimento necessário quando as lesões não são palpáveis. É necessário referenciar a região suspeita, o que se faz introduzindo através da pele uma agulha fina. No seu interior tem um fio metálico com a ponta em arpão, que se fixa no local em que é colocado. Durante a cirurgia este guia é retirado.

Recomendações após o exame de intervenção

Qualquer procedimento de intervenção mamária é bem tolerado, de qualquer forma, existem algumas instruções que são fundamentais para prevenir possíveis complicações pouco frequentes:

  • A compressão da área intervencionada é fundamental para uma boa hemostase e prevenção de hematoma;
  • Não deve realizar actividades intensas durante 24 a 48 horas após a intervenção;
  • Nunca tomar aspirina (se existir dor ligeira no local da biopsia poderá recorrer à toma de paracetamol 1gr de 6/6 horas.)
  • Se notar qualquer hemorragia, serosidade ou tumefacção excessiva na zona da biopsia deve entrar em contacto com o Centro de Senologia.